sábado, 9 de janeiro de 2010

KD.

Eu não sei o que aconteceu, mas ultimamente eu ando tão diferente. Questão de segundos e a minha maior vontade é de chorar.
É como se sempre que eu tivesse bem, e pronta pra seguir em frente, me aparecesse um abismo e não tivesse mais o caminho de volta.
Eu tenho medo, mas não sei de que, eu queria ir embora mas não sei aonde, eu preciso de abrigo, mas não encontro. Isso até tá parecendo a carta de um suicida, eu sei, mas são coisas que só cabe a mim entender.
Acho que eu to precisando de férias, mas férias mesmo, quem sabe ver um pôr-do-sol, ou me apaixonar por qualquer estranho na rua que esteja tomando um chá mate esperando o ônibus das três e meia, talvez seja só isso.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Tão só.

Acho que estou bem. Talvez, eu precisasse somente desabafar. Talvez, realmente, não fosse nada além de pensamentos e impressões bobas, mas ainda me sinto dessa forma. Ainda sinto o vazio vazio em mim. O espaço vago que nunca foi ocupado, e a sensação de abandono, a qual, na verdade nunca se foi.

méritos: cecílica.

Uma coisa.

Diferente das outras teorias sobre "amor" essa é um relato de um menino, amigo meu, cada um tem a sua, e ele também tem a dele.

" Um amor não é para sempre, você pode terminar, se arrepender, mais outro dia você vai ter outro amor que te faça acertar onde você errou no passado. É assim. Amor não é escolhido a dedo, se fosse tava ótimo. "
Palavras de Jeeef.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dentro deste velho peito.

Com o tempo o coração acostumou com a ausência, ele bate por bater, bate sem razão alguma, bate pelo simples fato desta ser sua obrigação dia-a-dia. Ele tinha um amor, e batia mais feliz, mas um dia o dono resolveu devolver a chave e partir, ir embora ... e foi-se. No começo suas paredes desmoronaram, seu chão caiu, e tudo passou a ser preto e branco, mas o tempo fez a dor cicatrizar e deixar cicatrizes eternas, cicatrizes que às vezes incomodam. Eu não falo de dor, eu falo de estranha sensação de não sentir nada.

ps: esse texto é do meu antigo blog.

Talvez deva ser assim.

Sei lá ... não é dor, não é amor, ou mesmo ódio e nojo, é tipo não sentir nada, não ter mais aquele friozinho na barriga e ficar com a boca seca, é como se um por um momento alguém viesse e retirasse meu coração figurado, aquele mesmo que tem as emoções, e tivesse levado embora consigo as minhas paixões. Nem lembranças eu tenho força para ter, é como se eu tivesse me tornado uma pessoa fria e perdesse totalmente a noção do que é amar alguém nem que mesmo fosse por 2 minutos. Em alguns momentos é como se eu estivesse sozinha.

Lembranças

Ele tocou a mão dela como num gesto de despedida, sua ultima lembrança era dos dois juntos, ainda arrancava-lhe um sorriso dos lábios. Dizer adeus nestas circunstâncias era impossível. Ele ficou com aquele doce sorriso nos lábios por alguns minutos, ela teve forças para olha-lo e sussurrar um eu te amo muito fraco. Foi demais ele a olhou e se foi. Em casa a cama ainda tinha o cheiro dela e no escravo a foto que reinava era dos dois abraçados juntos ao por do sol, devia ser das ultimas ferias, ele olhou e por alguns segundo o flashback começou ... ela era mais do que uma simples amante da vida, mais que uma mulher, era sua vida! E todos os momentos juntos lado a lado se eternizavam. A esposa, a amada, a única e idolatrada, a rainha do lar, a menina dos seus olhos, ela era sua razão maior. Adormeceu assim, com lembranças abraçado junto ao porta-retrato.
Amanheceu, a brisa ainda soprava fria, e o céu dava sinais que ia chorar, ele se levantou e vestiu seu melhor terno, olhou-se por alguns instantes no espelho, passou o perfume que ela tanto gostava, tinha lhe dado nos dias dos namorados ou em qualquer outra data especial que ele não se lembrara no momento, secou uma ou duas lágrimas que insistiam em escapulir pelos olhos e repetiu com si mesmo - Ainda é cedo para chorar!
Caminhou até a cozinha e lá ele viu ela, ou a imagem dela, fazendo planos para o próximo feriado. Sorriu consigo mesmo.
No carro o suéter azul bebe que ela tanta gostava permanecia no banco de trás caso o tempo esfriasse, intacto.
O caminho não seria longo, talvez algumas horas, mas valeria a pena! Com certeza ela estaria linda, sorridente e de braços abertos, como ele sempre a encontrava. No meio do percurso encontrou um lindo jardim, desceu do carro e colheu de lá a rosa mais vermelha, era sua favorita, ela iria adorar!
Ao chegar alguns amigos já estavam no recinto e eles choravam, embora ele sempre pedisse para que sorrissem, pois era assim que ela gostava.
Ele se aproximou, sorriu. Ela estava linda talvez um pouco pálida mas linda, assim como a 45 anos atrás no primeiro encontro, guardava um sorriso discreto nos lábios mas que não deixava em momento algum de ser um sorriso, só que seus braços já não estavam abertos para que ele pudesse abraça-la, mas sim cruzados abaixo do busto segurando um "terçinho" de Nossa Senhora Aparecida, de quem era tão devota, foi neste momento que ele a olhou bem como nunca tinha feito antes, colocou a rosa ao seu lado e falou como se ela ainda pudesse o ouvir: - Promete que vai me esperar como sempre fez? Eu te amo.
A tampa se fechou, os filhos lhe abraçaram e alguns palmos de terra foram jogados em cima do caixão.
Talvez ela ainda queira tomar um chá ao entardecer, ele imaginou.